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TECNOLOGIAS

A INCUBATECS (Incubadora de Tecnologias Sociais da UFPE) com o projeto “Estações Agroecológicas Produtivas” vem ajudando Empreendimentos Econômicos Solidários a implementar tecnologias que resolvem os desafios de segurança alimentar e sustentabilidade.

TECNOLOGIA 1: IRRIGAÇÃO

TEXTO POR: ABINADI S. RUFINO

DIFUSÃO DAS HORTAS AGROECOLÓGICAS

 Nos últimos anos a utilização de hortas agroecológicas tem se tornado parte do dia a dia de muitos brasileiros. Esse crescimento vem sendo impulsionado pela difusão da agricultura urbana, em resposta aos vários desafios que se colocam às sociedades contemporâneas. Atualmente, as hortas agroecológicas, são apoiadas especialmente pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que as reconhece como ferramentas eficazes para responder aos desafios da segurança alimentar e da sustentabilidade urbana.

 Ao se planejar uma horta agroecológica, o sistema de irrigação é um dos aspectos mais importantes para a execução do projeto. Segundo dados da ANA (Agência Nacional de Águas), 72% da água captada no país vai para a produção agrícola, então é necessário que alternativas sejam realizadas para o uso consciente da água.  Nesse contexto, as técnicas de irrigação garantem alimentos saudáveis e com alto poder nutritivo. Mas como posso levar essas inovações para minha horta? Conheça agora duas técnicas para o uso inteligente da água e ajude o meio ambiente.

CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA

Atualmente, estamos em uma crise hídrica no Brasil. Por isso, otimizar o uso desse recurso é fundamental para garantir a sustentabilidade do nosso planeta. Para isso, um dos meios alternativos e sustentáveis mais eficientes é a reutilização da água da chuva. A captação da água da chuva não traz apenas vantagens ambientais, mas também econômicas! Veja os principais motivos para fazer esse investimento:

  • evita o desperdício da água retirada dos mananciais naturais;

  • diminui consideravelmente o valor da conta de água, pois a água pluvial pode ser usada em inúmeras atividades domésticas e empresariais;

  • ajuda a conter enchentes nas grandes cidades, afinal, a água captada deixa de escoar para as ruas;

  • promove segurança hídrica em tempos de racionamento;

  • utilização da água captada para usos como limpeza e irrigação;

Existem no mercado diversos Kits de captação de água da chuva, que acoplado são acoplados no telhado. Nesse sistema a água da chuva é coletada por uma calha e levada para um filtro que retira as sujeiras mais grossas como folhas, pequenos insetos, penas de pássaros, etc. Após esse filtro, é necessário ter um Separador das primeiras águas de chuva, para depois enviar a para a cisterna.

GOTEJAMENTO

O tipo de irrigação escolhido para sua horta também influencia muito a utilização da água. Considerado um dos mais eficientes sistemas de irrigação da atualidade, o gotejamento foi desenvolvido há 50 anos em Israel, e trazido para o Brasil na década de 1990. No sistema de gotejamento, a água é aplicada no solo através de gotas nas raízes das plantas. De lá para cá, o sistema foi aperfeiçoado e já está sendo aplicado em vários plantios, resultando num uso racional da água.

Essa tecnologia é adequada para todos os tipos de hortas, independentemente do tamanho ou tipo de cultivo, além dessa característica o método de gotejamento trás benefícios como:

  • Aumentos na qualidade da produção;

  • Grande economia de água: sem evaporação, sem escoamento e sem desperdício;

  • Irrigação uniforme em qualquer área, topografia ou tipo de solo;

  • Economia de energia, comparado a outras técnicas de irrigação;

 

IMPORTANTE - Nunca use a água de chuva para fins potáveis (como beber, fazer comida, lavar verduras, legumes, frutas, louças, tomar banho e lavar roupas) sem antes ter um laudo de um técnico sanitarista autorizando esse uso.

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TECNOLOGIA 2: BANCO DE SEMENTES

TEXTO POR: MILENA FERREIRA DE LIMA e MARIA LUÍSA GOMES

Em Pernambuco, no ano de 2016 na cidade de Triunfo foi realizado o 1° Encontro Estadual de Sementes Crioulas de Pernambuco com o tema "Sementes crioulas, patrimônio da agricultura familiar". Eventos como esses são de extrema importância para a troca de conhecimentos entre guardiões de sementes: pessoas que se dispõe em armazenar sementes crioulas para plantio próprio, que além garantir maior preservação, é uma alternativa mais fácil e econômica para a agricultura familiar, em curta escala, sem necessidade do uso de agrotóxicos e outros insumos químicos que possam aumentar o custo do plantio. Ao apoiar e promover eventos como este, promove-se também o resgate de saberes empíricos da agricultura familiar, debates sobre segurança alimentar, estímulo a agrobiodiversidade e promoção da resistência camponesa ao modelo capitalista de agricultura, atualmente predominante no Brasil. 

De forma macro, a implantação desses bancos em empreendimentos econômicos solidários (EES) que utilizam-se de plantas medicinais e alimentos orgânicos, tem o poder de perpetuar, de forma regional, sementes crioulas, garantir a soberania alimentar e certificar assim o poder de escolher alternativas mais sustentáveis e saudáveis para produção e consumo de alimentos. Sendo uma das linhas de estudo trabalhadas na Incubadora de Tecnologias Sociais da Universidade Federal de Pernambuco (INCUBATECS), o projeto também como objetivo capacitar novos guardiões de sementes e ao implantar em cada EES banco de sementes, impulsionar e estimular o resgate e uso de grãos crioulos. 

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Recentemente, com a aceleração da liberação de novos agrotóxicos, entre eles a Atrazina (proibido na União Europeia e potente neurotóxico), a discussão sobre agricultura sustentável e saudável se intensificou em diversas plataformas. Com essa intensificação, temas como resgate das sementes crioulas e o banco das mesmas ganhou maior visibilidade em todo o país. Banco de sementes são locais onde, após colheita, lavagem e seca, as sementes são armazenadas a fim de haver um estoque para possíveis trocas, empréstimos e um registro da flora local. Com ele, há um resgate das sementes crioulas, que além de garantir a diversidade de plantas da região, estão livres de agrotóxicos e modificações genéticas trazidas pela agricultura moderna que elevou o custo da produção em pequena escala.

Esses agrotóxicos e modificações genéticas em sementes, trazem altos riscos para não apenas a saúde humana como para o meio ambiente. Pesquisas apontam alguns efeitos dos alimentos transgênicos como resistência a antibióticos, alergias, triplicam o risco de câncer além os danos ambientais acarretados tais como baixa na diversidade de insetos. Já os agrotóxicos, desencadeiam problemas no ecossistema como contaminação do solo, rio (alteração do habitat de peixes) e prejuízos na saúde humana tendo exemplos transtornos mentais, alterações no mecanismo de defesa celular, doenças respiratórias entre outras. 

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TECNOLOGIA 3: CANTEIROS

TEXTO POR: JULIANA LUNA

O espiral de ervas é uma forma de canteiro que possui princípios da agroecologia, pois ele contém diversas possibilidades de recepção de luz, água e nutrientes por plantas distribuídas sobre uma estrutura em formato espiralado, o espiral vai possibilitar o cultivo de plantas com características diferentes, sendo assim, no topo da espiral há maior exposição ao sol e, ao mesmo tempo, um local mais seco por conta que a água acaba drenada para baixo, dessa forma, na parte inferior, a terra se torna mais úmida e menos iluminada, essas diferenças são aplicadas para decidir que planta deve ir aonde, permitindo assim que plantas diversas sejam cultivadas juntas.

O espiral de ervas pode ser tanto de plantas medicinais, quanto de PANC´S ou até mesmo ambos, o importante para a criação do seu canteiro é você entender as necessidades das planas que vão fazer parte da sua horta, se ela vai precisar de mais água, maior quantidade de sol e até o porte da planta.

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Para a elaboração do espiral de ervas, é necessário a base que pode ser feita de tijolo, telha, bambu, pedras ou madeira, é preciso mudas das plantas e terra/ adubo.

É necessário garrafas pet’s para a confecção de mudas para transportar,

DICAS DE ESPÉCIES PARA PLANTAÇÃO

• Glycyrrhiza glabra/Alcaçuz

Alcaçuz é muito utilizada a muito tempo por tanto para combater aquela coceirinha na garganta que acompanha uma crise de tosse quanto pelos efeitos contra úlceras gástricas, ela é usada contra problemas pulmonares, como tosses, por ser anti-séptico e anti-inflamatório. Existe algumas pesquisas sugerem sua aplicação nos casos de reações alérgicas, bronquite e artrite.                     

Como usar: Use 3 gramas (1 ½ colher de sopa) da raiz seca do alcaçuz, cortada em pedaços pequenos. Esquente água para 1 xícara de chá. Desligue o fogo antes de atingir a fervura. Deixe a raiz na água durante 15 minutos. Faça essa decocção 2 vezes ao dia e beba antes das refeições.
 

A dose máxima de alcaçuz é de 6 g ao dia - ou corre-se o risco de a pressão sanguínea subir. A espécie é proibida para quem tem problemas cardíacos, é hipertenso ou gestante.

 

 

Allium sativum/Alho

O alho é bastante utilizado no controle de colesterol alto, atua como expectorante e antisséptico e é capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulatórios. Possui grande concentrações de vitaminas  A, B1, B2 e C, além de minerais como enxofre e iodo. Quando o bulbo é triturado, um de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba resultando na produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que estudos apontam ser uma das maiores responsáveis pelos seus benefícios.

 

Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições.
 

       O alho não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo mesmo motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes

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